A Tacora Resources Inc. possui e desenvolve operações de extração de minério de ferro, incluindo a mina de ferro Scully na cidade de Wabush, Terra Nova e Labrador, localizada na região do Atlântico canadense. A empresa tem como objetivo desenvolver e operar locais de extração de minério de ferro de modo sustentável e progressivo, buscando fornecer um recurso crítico sem deixar de zelar pela comunidade e pelo meio ambiente.
A Tacora costuma operar caldeiras elétricas para gerar o vapor necessário para o processo de concentração de minério de ferro do local. Essas caldeiras de "eletrodo" não usam óleo combustível, ao contrário de caldeiras de combustão convencionais, então, sua pegada de carbono é significativamente menor.
Devido à falha em uma das caldeiras elétricas (nro. 1), a Tacora precisava colocar em operação as caldeiras de combustão não utilizadas para manter os níveis de produção. A Tacora recorreu à Veolia para solicitar informações sobre os recursos de tratamento de água e como a empresa poderia ajudar a mina a manter a produção e, ao mesmo tempo, evitar o impacto ambiental da combustão de óleo combustível.
A Veolia tem um portfólio amplo de recursos de tratamento de água e processo, incluindo equipamentos, produtos químicos e serviços. A empresa já era fornecedora de produtos químicos na mina para as caldeiras de vapor e para o tratamento de efluentes, e conhecia bem a operação da usina de vapor da mina Scully.
A caldeira elétrica nro. 1, que havia apresentado falhas, era alimentada com água suavizada por meio do uso de amaciantes de resina de troca iônica. A caldeira elétrica restante, nro. 2, foi projetada para usar somente retornos de condensado de alta pureza vindos do vapor gerado pela caldeira nro. 1 que estava fora de operação. Sem retorno de condensado disponível, o vapor poderia ser gerado somente ao usar água suavizada nas caldeiras de reserva movidas a óleo.
A Tacora sabia que a Veolia também fabrica membranas de osmose reversa (OR) e outros sistemas de purificação de água, o que poderia ajudar a tratar a água de alimentação da caldeira para atender à qualidade exigida pela caldeira elétrica nro. 2.
O superintendente da usina de vapor perguntou ao representante técnico da Veolia se poderíamos fornecer rapidamente uma solução de tratamento que manteria a produção de vapor na caldeira elétrica nro. 2.
De imediato, o representante da Veolia realizou uma auditoria completa das condições operacionais da usina de vapor para avaliar a solução adequada a implementar. Considerando os requisitos de qualidade da água da caldeira elétrica nro. 2 e as propriedades da água de alimentação disponível, foi recomendado o uso de um desmineralizador de troca iônica em vez de um sistema de osmose reversa. O desmineralizador de troca iônica toleraria melhor a operação com o alto nível de sólidos suspensos presentes na água de alimentação.
A Veolia tem a maior frota de sistemas móveis de purificação de água na América do Norte, que pode estar disponível como serviço de despacho de emergência. Um grupo de reboques móveis de desmineralização foi rapidamente equipado com o material adequado para responder às necessidades da caldeira elétrica nro. 2 da Tacora.
Em menos de 2 semanas depois da falha inicial da caldeira, o reboque móvel de desmineralização foi enviado à mina e conectado ao sistema de alimentação da caldeira da usina de vapor (Figura 1). Quando o trailer chegou, o pessoal da Veolia o colocou em operação e, por mais de 2 meses, ele forneceu água de alta pureza para a caldeira elétrica. Isso permitiu cobrir o prazo para a entrega das peças e a conclusão dos reparos da outra caldeira.
Figura 1: Reboque móvel de desmineralização da Veolia na mina Scully da Tacora Resources
Resultado
A água de alta pureza produzida pelo sistema móvel de desmineralização permitiu que a caldeira elétrica nro. 2 operasse em capacidade total durante todo o projeto, sem causar impacto na produção da mina.
Os representantes da Veolia deram suporte aos operadores da usina de vapor durante o projeto para assegurar a operação eficiente do sistema.
Se as caldeiras a óleo tivessem sido usadas por esse período de 2 meses, em vez da caldeira elétrica, elas teriam consumido mais de 25.000 litros de óleo combustível por dia, o que teria emitido mais de 5500 toneladas de CO2.
Os custos associados a combustível, água e tratamento químico que foram evitados por meio da implementação desse projeto de tratamento móvel de água, segundo estimativas da mina, foram de US$ 1,35 milhões.
