Veolia Water Technologies & Solutions

Aumentando a eficiência e o rendimento da produção de etanol para aproveitar a sustentabilidade dos biocombustíveis

Raquel Rinke
| 16 de junho de 2022 |
Produção de etanol
sustentabilidade
Biocombustíveis

Nos próximos anos, a demanda por energia global continuará a crescer, do mesmo modo que a pressão para mitigar o impacto ambiental desse aumento. Os biocombustíveis produzidos de matérias-primas renováveis, como etanol como biocombustível, fornecem uma fonte de energia renovável para o futuro ao impactar positivamente a economia, o meio ambiente e a sociedade.

Na COP26 do ano passado, foram apresentadas pesquisas e dados que sustentavam o etanol como uma solução imediata para mitigação dos gases do efeito estufa (GHG) causados pelo transporte, principalmente porque isso é válido para o desenvolvimento e a implementação de combustíveis de aviação sustentáveis e respeito à diretriz de energia sustentável da União Europeia.

Por exemplo, nos EUA, o etanol gerou reduções significativas de emissões de GHG na Califórnia (42%) e em Oregon (45%) graças às políticas de normas de combustível limpo. Além disso, uma análise do Departamento de Agricultura dos EUA descobriu que algumas biorrefinarias poderiam produzir etanol que oferece uma redução de GHG de 70% frente à gasolina ainda nesse ano, ao adotar a conservação de cultivos de milho e ao implementar melhorias de eficiência nas refinarias. Esse impacto levou a determinações de etanol em mais estados, em Illinois, Iowa, Nebraska e Minnesota.

A Administração Biden e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciaram recentemente incentivos e financiamento para desenvolvimento e infraestrutura de biocombustível e uma isenção de emergência da EPA permitindo gasolina E15 (combustível que utiliza uma mistura de 15 de etanol) neste verão. Os anúncios recentes indicam o papel fundamental dos biocombustíveis e do etanol em atingir a independência de energia e em cumprir as metas de sustentabilidade.

Com muitos países promovendo os biocombustívels por meio de várias medidas de política e determinações com foco nas emissões de GHG para combater as mudanças climáticas, é cada vez mais essencial que os produtores de etanol criem um ecossistema robusto e sustentável que possa atender as crescentes demandas e crises.

A indústria de etanol de milho é um setor estabelecido nos EUA há mais de 30 anos, e está prosperando, com o Brasil vindo logo atrás. Juntos, os países produzem 84% do etanol usado no mundo.

Depois do milho, a energia é o segundo insumo mais caro para a produção de etanol nos EUA. A maior parte das usinas de etanol de cana-de-açúcar no Brasil, na Flórida, na Louisiana e no Texas são autossuficientes em energia, usando bioeletricidade gerada do bagaço — um derivado de talos triturados de cana-de-açúcar — como fonte de calor e energia para as usinas. Nas usinas de etanol de milho nos EUA, o gás natural é a fonte de energia térmica dominante para a produção de etanol. No Brasil, as usinas de etanol de milho queimam eucalipto ou outros tipos de biomassa como fonte de calor e milho para abastecer as operações de moagem.

Como os preços do gás natural continuam a aumentar e se acumulam as pressões para redução de emissões de GHG, os produtores de etanol devem considerar a troca para fontes de energia renovável. Por exemplo, as usinas podem instalar tecnologias de digestão anaeróbica para converter materiais de resíduos orgânicos (resíduos alimentares, resíduos de animais, lodo de efluentes, entre outros) em gás natural renovável (RNG) para atender a demanda de calor para a produção de etanol.

Além da redução de energia, as usinas de etanol também devem procurar melhorar o desempenho geral da usina e reduzir o tempo de inatividade para otimizar a lucratividade. Por exemplo, a adoção de tecnologias de limpeza no local (CIP) nos trocadores de calor, resfriadores de termentação, tanques e evaporadores reduz o tempo de inatividade para limpeza, usando produtos químicos de controle de depósitos para gerenciar incrustação/formação de depósitos orgânicos e inorgânicos em evaporadores e em colunas de cerveja e utilizando analítica e ferramentas de monitoramento digital, como IVAP* para rastrear melhor o desempenho dos equipamentos e as necessidades de manutenção, são modos pelos quais os operadores podem aumentar a eficiência e a lucrtividade da usina.

A Veolia Water Technologies & Solutions fornece várias soluções para a indústria de biocombustíveis, com foco na melhoria da eficiência e do desempenho geral da usina, reduzindo o tempo de inatividade e otimizando a lucratividade. Saiba mais sobre como a Veolia Water Technologies & Solutions está ajudando as usinas de etanol a atenderem à crescente demanda, a melhorarem os resultados e a serem a ponte necessária para um futuro de energia mais limpa aqui.

Sobre o autor

Raquel Rinke

Especialista da Indústria no Assunto – Bioetanol e Biocombustíveis

Raquel Rinke é uma biotecnóloga apaixonada por inovação e sustentabilidade com mais de uma década de experiência na fermentação de etanol, tendo se dedicado, no Brasil e nos EUA , ao trabalho com várias matérias-primas (cana-de-açúcar, bagaço, amido de milho, fibra de milho e palha de milho) Raquel tem ampla interação com produtores de bioetanol e liderou e implementou a adoção de novas tecnologias como leveduras, enzimas, biocidas e antiespumantes. Atualmente, Raquel é especialista da indústria no assunto (SME) para bioetanol e biocombustívels na Veolia Water Technologies & Solutions (WTS). Antes da Veolia, ela ocupou vários cargos na Ecolab e na DSM. Ela também foi membro ativo do Conselho Diretor Regulamentar e de Propriedade Intelectual da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). Raquel é bacharela em Biologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil, e mestre em Biotecnologia pela Universidade Federal de São Carlos, no Brasil.