Como as engarrafadoras podem se adiantar às diretrizes da EPA sobre os limites de PFAS

Em geral, a maioria dos clientes presume que beber uma bebida engarrafada é seguro porque ela foi purificada de algum modo e engarrafada em uma instalação que cumpre com os requisitos da FDA. No entanto, quando os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins retiraram a água engarrafada das lojas no ano passado, houve motivos para preocupação.
Quase quatro em 10 garrafas de água continham uma família de substâncias químicas conhecidas comos substâncias perfluoroalquiladas e polifluorolalquiladas (PFAS), que são utilizadas para fabricar uma ampla variedade de produtos antimanchas, resistentes à água e antiaderentes. As PFAS estão presentes na embalagem de alimentos, vestuário para uso exterior, carpetes, cera para esqui, certos tipos de espuma contra incêndio, entre outros produtos.
Novos testes e pesquisas revelaram que as PFAS ão mais comuns nos suprimentos de água do que se pensava. Além disso, elas não se decompõem nem são eliminadas facilmente — sua estrutura de carbono-fluor é a ligação química mais forte já conhecida, pela qual são conhecidas como produtos químicos "eternos".
Em junho, a EPA sinalizou futuras normas, quando emitiu novos avisos de saúde sobre a água potável para PFAS e anunciou que destinaria US$ 1 bilhões em fundos federais para que os estados enfrentem a questão de PFAS e de outros contaminantes emergentes na água potável. É só uma questão de tempo até que a EPA vá mais além de avisos e defina limites para a presença de PFAS na água potável.
Instalações fabris, incluindo fabricantes de alimentos e bebidas, serão pressionadas a adotar medidas e devem começar a se preparar. Agora sabemos como as PFAS circulam através de produtos, casas, água potável e efluentes, e os fabricantes que adotam medidas para avaliar e aprimorar sua capacidade para mitigá-las estarão um passo a frente da próxima ação da EPA.
Avaliação de riscos
Em um dos nossos webinars recentes, notamos um grande interesse em PFAS na fabricação de alimentos e bebidas, mas não muito conhecimento nem experiência.
Uma pesquisa junto aos participantes do webinar revelou que 69% dos profissionais de alimentos e bebidas sabe pouco ou nada sobre PFAS. Além disso, somente 17% dos pesquisados fizeram testes para identificar a presença de PFAS em suas instalações de fabricação de alimentos e bebidas.
Esses números podem logo mudar, pois tanto a opinião pública quanto as normas conduzem a testes e tratamento obrigatórios para a água engarrafada e outras bebidas. Antecipar-se a esses requisitos e conhecer seus riscos potenciais permitem que você esteja preparado para detectar PFAS em sua água. É importante avaliar cuidadosamente se devem ser feitos testes de PFAS, porque depois que sua presença for identificada, várias etapas adicionais devem ser seguidas para enfrentar o problema.
A existência conhecida de PFAS implica dispor de critérios de decisão para sua eliminação, uma compreensão do custo de transporte e descarte ou destruição, o nível de risco associado à responsabilidade futura ou a necessidade de equipamentos ou operadores adicionais.
O que você precisa saber sobre os testes de PFAS
Há mais de 9.000 tipos de PFAS, e esse número continua crescendo. No entanto, os laboratórios estão analisando até 40 tipos de PFAS específicas, à medida que a tecnologia acompanha a descoberta. Os laboratórios continuam desenvolvendo e validando formas de analisar PFAS que levam a métodos padrão da EPA, os quais são usados para análise específica ou total de PFAS.
Uma análise específica envolve testar um tipo específico de PFAS e determinar a presença da substância na amostra. Se o resultado for superior ao limite de notificação, o teste indicará a quantidade presente de PFAS específica. Estudos de PFAS totais, que são caros e fornecem uma visão mais completa da contaminação, são cada vez mais comuns para fornecimentos de água e de efluentes à medida que aumenta a preocupação com a possível contaminação.
Porque a quantidade de PFAS reconhecíveis ainda é limitada, estudos de comparação entre análise específica e análise total de PFAS identificaram a necessidade de fazer testes para detectar PFAS totais. Contudo, no futuro, pode ser prudente analisar as PFAS totais ao medir o fluor orgânico total (TOF) e compará-las com os resultados anteriores da análise específica. À medida que haja mais capacidades de análise para mais tipos de PFAS, novos métodos incluirão tipos comuns adicionais de PFAS no método padrão. É recomendável revisar os testes de PFAS da EPA para saber mais detalhes.
Outro aspecto dos testes de PFAS implica compreender as instalações do laboratório e seus resultados informados. As unidades de concentração comuns em PFAS incluem partes por trilhão, partes por bilhão e partes por milhão. As normas costumam se expressar em partes por trilhão ou partes por milhão. Os laboratórios podem ter diferentes padrões e limites de notificação, dependendo do tempo e do analito, portanto, é crucial manter unidades de medida corretas.
Os métodos de remoção de PFAS dependem do contexto
Se a PFAS for detectada na água, existem várias opções para removê-las.
As instalações de engarrafamento utilizam cada vez mais um enfoque de múltiplas barreiras, semelhante às três etapas de purificação, ou barreiras, que estão nas instalações de águas potáveis e de efluentes. Se este enfoque não for conhecido na sua instalação de engarrafamento, vale a pena explorar como combinar os passos de filtração para tratar água da fonte pode atingir um controle de qualidade mais rígido. Avaliar isso em uma etapa inicial permite que seja mais eficiente a seleção e a implementação de soluções de filtração.
As membranas de carbono ativado granulado (GAC) e de osmose reversa (OR) são soluções comuns e eficientes para remoção de PFAS. Ainda assim, é importante compreender como funcionam e como o design do sistema pode afetar a eficiência do tratamento e as opções de descarte, entre outras. Considerando que essas tecnologias são usadas tão amplamente, compreender as fontes e os tipos de PFAS a serem tratadas e como funcionam os meios de GAC e a membrana de osmose reversa, no início e no fim de sua vida útil, ajudam a atualizar as decisões de operação e manutenção.
Embora as atuais normas de PFAS variem segundo o estado, a EPA trabalha para estabelcer limites de PFAS na água potável, adicionais ao limites de advertência de saúde existentes. A realidade emergente é de que o ambiente de PFAS cresce com rapidez e reduzir seu consumo na água potável é fundamental para diminuir sua presença geral no ar, na água da chuva, nos alimentos e em outros lugares.
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